Atual momento do mercado, só acontece uma vez a cada 100 anos
Por José Roberto Marques da Costa
Em dia de forte volatilidade de 26,55 cents, o volume de negócios foi o menor dos últimos 7 pregões (04/02 ) chegando a 59.936 vlotes em NY, cerca de 10.227 lotes a menos que quinta-feira, quando teve uma volatilidade de 16,85 cents. O contrato de café arábica fechou em forte queda, março teve queda de 19,75 cents ( - 4,3% ) a 419,75 cents, primeiro pregão que não obteve novo recorde histórico depois de 18 pregão consecutivo, variando 26,55 cents, de 411,60 cents a 4328,15 cents, acumulando alta de 90,80 cents ( 27,8% ) nos últimos 19 pregões. O contrato de maio fechou com forte queda de 17,70 cents a 407,40 cents ( 4,16% ), variou 26,30 cents, de 398,85 cents a 425,15 cents, rompendo dois suportes do dia, em 416,13 cents e 407,17 cents, acumulando alta de 82,80 cents nos últimos 19 pregões ( 25,5% ).
Nos meus artigos e análises sempre mencionei, que relatório semanal dos traders mostra a realidade do mercado e saber interpretar é fundamental para fazer um boa análise de mercado A novidade do relatório da CFTC de ontem referente a 11 de fevereiro foi a confirmação que a pressão financeira sobre posições vendidas dos comerciais, está obrigando os vendidos a diminuir as perdas e empurrando assim os preços para cima. O relatório mostram que os grandes fundos diminuíram suas posições compradas em 5.259 lotes e aumentaram suas posições vendidas em apenas 13 lotes, neste período a variação de março passou de 383,25 cents a 431,85 cents, alta de 48 cents. Pelos dados da CFTC (Commodity Futures Trading Commission) mostraram queda de 10,46% nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. As posições abertas tiveram alta de 2%, passando 267.946 lotes para 273.504 lotes, aumento devido ao vencimento das opções no dia 12.
Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 45.061 posições líquidas compradas, sendo 53.362 posições compradas e 8.301 posições vendidas no último dia 04. No relatório anterior, referente a 04 de fevereiro, eles tinham 50.333 posições líquidas compradas sendo 58.621 posições compradas e 8.288 posições vendidas. As empresas comerciais diminuíram em 7,48% suas posições líquidas vendidas, registravam no dia 11, saldo de 85.851 posições líquidas vendidas, sendo 47.940 posições compradas e 154.475 vendidas. No relatório anterior do dia 04, possuíam 92.784 posições líquidas vendidas, sendo 58.489 posições compradas e 151.273 vendidas.
Nas últimas duas semanas, os contratos futuros de café arábica tiveram alta de 82,65 cents, em resposta natural a forte alta era que os comercias ( vendidos) aumentassem suas posições vendidas, mas os números do relatório mostra o inverso, o grande responsável pelo aumento de preços das últimas semanas, não são os grandes investidores ou especuladores, mas os vendidos. Os comerciais diminuíram em 29.528 lotes ( 12,9% ) suas posições vendidas, neste período, eles compraram 8,360 milhões de sacas devido a perdas financeira de muitos bilhões de dólares sobre posições vendidas, obrigando a diminuir as perdas, fazendo hedge (proteção) e empurrando os preços para cima. Em resumo, a duas semanas atrás, 72% dos vendidos apostavam na baixa e 28% na alta, atualmente 69% apostam na baixa e 31% na alta. Como a tendência de alta dos preços nos próximos meses para níveis nunca imaginado, a porcentagem das apostas de alta pelos vendidos teve continuar aumentar, criando uma "bola de neve" e toda vez que um torrefador ou especulador compra (futuros), não há ninguém para vender para eles, e o mercado fica louco, induzindo mais altas em NY. O empresário do Vietnã Sr. Pham Thang, Diretor da Cat Que Production and Trading Company Limited, está com razão quando comentou que o que está acontecendo com o mercado do café, só acontece uma vez a cada 100 anos.
Nos últimos 90 dias, os pregões NY tiveram uma valorização de 128%, a grande maioria dos pregões em alta e poucos em queda, neste período teve três pregões com queda bem acentuada. No dia 6 de dezembro quando março operava em torno de 330,00 cents, o mercado foi informado de grupos empresariais atuantes no ramo de café solicitaram recuperação judicial, neste dia a queda de 5%, reação natural de especuladores de plantão a uma notícia inesperada. Nesta semana tivemos dois pregões que também com queda bem acentuada, na segunda-feira, um grande trader de arábica atingiu o limite de crédito bancário, provocando liquidações no final e a queda foi 3,5%. Ontem no final do dia, mais notícia inesperada, de que um comerciante de café suspendeu suas operações na busca renegociar suas dívidas, o pregão operou negativamente deste a abertura devido rumos no mercado de provável " efeito cascata", na última parte do pregão teve forte liquidação de especuladores de plantão, fechando o dia com perda de 4,3%.
Segundo Eduardo Carvalhães, "os fundamentos do mercado de café permanecem os mesmos. Os estoques são baixos, tanto nos países produtores como nos consumidores, e os problemas climáticos, com eventos extremos, se sucedem em todo o mundo, sem previsões de que diminuirão em 2025. No Brasil, temos um cenário apertado neste segundo semestre do ano-safra brasileiro (janeiro a junho), indicando dificuldades para abastecermos o consumo interno e nossas exportações nos próximos meses. Há um consenso no mercado brasileiro, de que o que resta de café da safra brasileira 2024 em mãos dos cafeicultores é muito pouco. As “apostas” variam entre 10 a 15 %. E ainda teremos de atender com nossa safra 2024, os embarques de março, abril, maio e junho, além do consumo interno até maio (aproximadamente 1,7 milhão de sacas por mês). Nossa nova safra 2025, não será maior que a 2024.
Segundo um trader da Europa em uma das maiores casas de comércio de café do mundo disse que “bilhões” estavam sendo exigidos para chamadas de margem e que ele não via sinais de melhora da situação no curto prazo. Em geral, os players mantêm posições vendidas em futuros para fazer hedge ou travar os preços e se proteger contra o risco de que a commodity física caia de valor no momento em que for entregue a eles. Em um mercado em alta, a estratégia se desfaz se eles não puderem sustentar as perdas em sua posição vendida até que sua commodity física, cada vez mais valiosa, seja entregue e eles possam vendê-la. " Há um alto risco para vários comerciantes ficarem sem dinheiro. As linhas de crédito dos traders estão muito esticadas em um mercado de acima de 400 cents. Isso significa que eles não estão fazendo hedge. Assim, toda vez que um torrefador ou especulador compra (futuros), não há ninguém para vender para eles, e o mercado fica louco”, disse um analista.
Segundo o corretor e consultor Michael J. Nugent o verdadeiro problema do café é a disponibilidade de capital, e não a escassez de oferta. O movimento dos preços na segunda-feira, quando teve a forte queda de 15,60 cents, de 429,05 cents para 413,95 cents, tudo indica que um grande trader de arábica atingiu o limite de crédito bancário, provocando liquidações no final do dia e caos no mercado. Um aumento no custo de negociação do café arábica na ICE exacerbou a alta dos preços, disseram traders e analistas do setor, depois que a bolsa anunciou novamente esta semana que estava aumentando as margens.
A Intercontinental Exchange (ICE) aumentou na terça-feira seus requisitos de margem para alguns contratos futuros de café arábica em até 11,4%. A ICE disse em um aviso aos participantes do mercado que a exigência de margem inicial para contratos futuros de arábica com vencimento em setembro aumentará para US$ 6.645 por contrato, ante US$ 6.000 anteriormente (10,45%). O requisito de margem inicial para contratos que expiram em março de 2025 foi aumentado para US$ 6.120 por contrato, de US$ 5.490 anteriormente (11,4%). A bolsa também aumentou os requisitos de margem para vários add-ons entre meses
As bolsas geralmente aumentam os requisitos de margem quando o valor dos ativos negociados sobe acentuadamente, como uma forma de reduzir o risco envolvido nessa negociação. Elas também podem aumentar as margens como uma forma de reduzir a volatilidade. "Em teoria, isso esfriaria as negociações", disse um corretor dos EUA. Os traders que mantêm grandes posições vendidas no mercado, por exemplo, como os que compram café em países produtores como Brasil ou Colômbia, podem ser obrigados a liquidar parte dessa posição para evitar pagar margens maiores sobre sua posição.
Segundo a Reuters, a forte valorização do café durante a semana, vem da "comprando em pânico" dos comerciais devido a relatos de um sistema de clima quente e seco se formando nas áreas de café do Brasil. Os preços continuarão a subir, a menos que o Brasil ou o Vietnã tenham uma safra abundante, o que não é esperado antes de agosto de 2026, ou a demanda diminua devido aos aumentos de preços. Para complicar ainda mais as coisas, a grande maioria dos produtores brasileiros mostraram que estão dispostos a ficar com sua safra não vendida enquanto o preço continua a subir.
Para Tomas Araújo, corretor da StoneX, nesta sexta-feira, houve realização de lucros no mercado e também houve compra por parte dos torrefadores quando o mercado atingiu as mínimas da sessão. O mercado do café arábica tem sido sustentado pela oferta restrita e pela perspectiva de uma safra menor de café arábica no Brasil este ano. Segundo o Rabobank, mesmo com a forte queda desta sexta, a tendência de alta para o café no mercado externo não deve mudar no curto prazo, mesmo com o registro de chuvas em algumas áreas produtoras do Brasil. As precipitações devem continuar favorecendo o desenvolvimento dos grãos. No entanto, elas podem não compensar totalmente os danos causados pelo baixo pegamento da florada que ocorreu nas regiões produtoras de café arábica. No final deste mês, a equipe do banco deve iniciar seu crop tour para estimar a colheita brasileira do ciclo 2025/26.
A Notícia no final da tarde do dia sobre comerciante de café suspendeu suas operações deverá se tornar corrigueria daqui para frente ( efeito cascata ), diante da disparada dos preços de NY, de que um comerciante de café de médio porte Central do Café, sediada em Muzambinho, na região do sul de Minas Gerais, suspendeu temporariamente as operações a partir desta semana, buscando renegociar suas dívidas, O aviso da empresa para seus clientes dizia que a empresa ficaria fechada por um período indeterminado enquanto avaliava sua situação financeira. " Em breve, convocaremos funcionários e parceiros comerciais para reuniões", disse a Central do Café no aviso, acrescentando que a pausa em suas operações era necessária enquanto tentava renegociar algumas de suas dívidas.
No artigo de Celso Vegro nesta semana, já tinha alerta do possível "efeito cascata" para os operadores do mercado de café. "Com a escalada de preços do café observada a partir do segundo semestre de 2024, acelerando-se ao início de 2025, as necessidades de desencaixe financeiros para a sustentação da posição vendida escalonaram e passaram a comprometer a saúde financeira das empresas. Recentemente, dois importantes grupos empresariais atuantes em transações envolvendo remessas de café ao exterior solicitaram recuperação judicial, justamente pela incapacidade de mobilizar recursos adicionais capazes de fazer frente aos montantes exigidos pelas posições de contratos vendidos.
Essa incapacidade financeira foi amplificada inclusive pelas operações de rolagens de contratos em favor dos cafeicultores, que no pós-geada ficaram impedidos de honrar com suas entregas. Porém, frente as posições assumidas junto a seus clientes, tiveram que recorrer ao mercado spot para cumprir com suas entregas. Portanto, à revelia dos operadores (empresas e cafeicultores) há desencaixe total das operações estruturadas de hedge e margens, debilitando financeiramente a todos os envolvidos. Problemas com outros operadores do mercado de café são esperados (efeito cascata). As cooperativas brasileiras de cafeicultores não estão imunes a esse momento de tensão do mercado. Novos pedidos de recuperação judicial podem tomar conta do mercado, inclusive alcançando os fornecedores de insumos que atuam com operações tipo barter (importante empresa de fertilizante sinaliza, nesse momento, sérias dificuldades operacionais)".
Nesta semana, pesquisa da Reuters com 12 traders e analistas, mostra que os contratos futuros do café arábica devem cair cerca de 30% até o final de 2025, com a expectativa de que os recentes recordes de preços reduzam a demanda, enquanto os primeiros sinais indicam para uma safra abundante no Brasil no ano que vem. A pesquisa apresentou uma previsão mediana para os preços do café arábica no final de 2025 ceents, uma queda de 30% em relação ao fechamento de quarta-feira e uma perda de 6% em relação ao final de 2024. "A demanda ficará estagnada em resposta aos preços muito altos", disse um participante da pesquisa
Somente para relembrar as últimas pesquisas da Reuters
No dia 29 de fevereiro de 2024, os preços futuros dos cafés arábica e robusta na bolsa ICE devem terminar 2024 abaixo dos níveis atuais, bem como abaixo de onde terminaram no ano passado, mostrou uma pesquisa da Reuters com 10 traders e analistas. Os preços do café arábica deveriam encerrar 2024 em 165 cents de acordo com a previsão mediana da pesquisa. Esperava-se que os preços do café Robusta terminassem o ano em US$ 2.600 por tonelada.
Depois de 6 meses, no dia 23 de agosto de 2024, pesquisa da Reuters com 11 traders e analistas, afirmava que ospreços dos contratos futuros do café arábica e robusta na bolsa NY devem encerrar 2024 mais altos do que agora, devido a preocupações com o clima e a redução da oferta, mostrou uma pesquisa da Reuters com 11 traders e analistas. Os preços do café arábica devem fechar 260 cents até o final do ano, de acordo com a previsão mediana da pesquisa. Para o café robusta, a expectativa é de que os preços terminem o ano em US$ 4.750 por tonelada.
Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), até dia 14 de fevereiro, os embarques brasileiros do mês totalizaram 1.290.916 sacas, queda de 35,1% ( média de 92.241 sacas ), sendo 1.091..816 sacas de café arábica, 103.329 sacas de café conillon e 95.231 sacas de café solúvel. Os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque de fevereiro totalizavam 1.509.916 sacas, queda de 44,4%, sendo 1.239.946sacas de arábica, 141.956 sacas de conillon e 128.019 sacas de solúvel. A projeção pela média diária indica exportação em fevereiro de 2,960 milhões de sacas, forte queda de 34%. Os estoques certificados diminuíram 10.536 sacas nesta sexta-feira para 849.935 sacas, nos últimos 19 pregões acumula queda de 117.007 sacas, sendo 541 mil sacas de café brasileiro e com tendência mais queda nas exportações até a entrada da safra deste ano, os estoques certificados devem continuar a cair acentudamente nos próximos meses.
No artigo da semana passada mencionei do fato inédito está acontecendo no Brasil, o mercado está sem liquidez, negócios nas principais praças de café totalmente travado, um verdadeiro "cabo de guerra", entre compradores e vendedores. Os compradores não repassam as altas das últimos semanas em NY temendo o forte impacto psicológico quando no valor saca de café chegar a R$ 3 mil e os vendedores não vendem abaixo de R$ 3.000,00 porque os estoques são os mais baixo da história e o mais importante, estão capitalizados e esperando a forte tendência de alta nos próximos meses. A reação natural dos compradores, aconteceu anos atrás, quando o valor a saca se aproximava de R$ 1 mil, os compradores ficaram semanas for do mercado no ano passado quando a saca tinha possibilidade de ultrapassar R$ 2 mil, também os compradores saíram do mercado. Na quarta-feira, o indicador da Agnocafé atingiu o valor de R$ 3.000,00 com a venda no final da tarde por R$ 3.000,00 de um grande lote de café duro com média de 15% e com a alta em NY na quinta-feira, o indicador foi reajustado para R$ 3.020,00.
O indicador de café do arábica da safra 24/25 da Agnocafé com 15% fica em R$ 2.900,00, queda de 3,97% ( - R$ 120,00 ) nesta sexta- feira (14) e café livre a R$ 2.880,00. No mês acumula alta de R$ 240,00 e no ano, alta de R$ 600,00 e em dólar fica em US$ 509,13. O peneira 17/18 pronto para embarque R$ 3.100,00, cereja a R$ 2.930,00, café certificado a R$ 2.960. O indicador para café com 10% a R$ 2.910,000, 20% a R$ 2.890,00, com 25% a R$ 2.880,00 com 30% a R$ 2.870,00. Para os café de baixa qualidade Duro/riado R$ 2.730,00, duro/riado/rio, R$ 2.660,00, rio a R$ 2.530,00 com 15%. Café duro para consumo 600 defeitos R$ 2.740,00 repasse de beneficiamento a R$ 2.580,00 e riado a R$ 2.430,00 e escolha fica em R$ 42,00 o quilo de aproveitamento.
"Atual momento do café, só acontece uma vez a cada 100 anos", diz empresário do Vietnã
O volume em Londres atingiu 16.555 lotes, 504 lotes a menos que quinta-feira, o contrato futuros de café robusta de maio fechou em queda de US$ 62 a US$ 5.726/t, com variação US$ 146 de US$ 5.693/t a US$ 5.839/t, rompendo dois suportes do dia em US$ 5.744/t e US$ 5.701/t nos últimos 20 minutos do pregão, influenciadp pela forte queda em NY . Durante a semana teve dois recorde histórico consecutivo e ontem por US$ 10 a mais na máxima poderia ser o terceiro dia e nos últimos 19 pregões o acumula de ganhos atingiu US$ 638 a tonelada.
Os preços do café no Vietnã estão subindo em um ritmo sem precedentes, superando as previsões de especialistas e levantando preocupações sobre especulações de mercado, informou a Agência de Notícias do Vietnã na quinta-feira. Os preços do café na região do Planalto Central subiram para 131.000 dongs vietnamitas (5,1 dólares americanos) por quilo esta semana. Apesar dos altos preços, os produtores de café vietnamitas continuam cautelosos quanto à venda.
A Agência de Notícias do Vietnã citou Nguyen Thi Chien, uma produtora de café na província de Kon Tum, dizendo que sua família vendeu apenas uma tonelada a 115.000 dongs vietnamitas o quilo, mantendo o restante armazenado na esperança de mais ganhos. A volatilidade do mercado deixou muitos agricultores incertos sobre o momento ideal para vender.
A Cat Que Production and Trading Company Limited (Hanói) é uma empresa líder na exportação de café arábica, com vendas de mais de 100 milhões de dólares na safra de 2023-2024. De acordo com estatísticas da Associação Vietnamita de Café e Cacau (VICOFA), em janeiro de 2025, o Vietnã exportou 8.177 toneladas de café arábica, das quais o café Cat Que representou 3.813 toneladas (representando quase 47%).
O Sr. Pham Thang, Diretor da Cat Que Production and Trading Company Limited, comentou que o que está acontecendo com a indústria do café "só acontece uma vez a cada 100 anos".
A National Coffee Association (NCA) acaba de lançar seu US Coffee Outlook Report 2025, que prevê que a indústria de café dos EUA verá um ligeiro aumento este ano. Os EUA continuam sendo o maior consumidor de café do mundo, com cerca de 1,44 milhão de toneladas, e as vendas de café em 2024 no país chegarão a US$ 19,7 bilhões.
Enquanto isso, as empresas de café no Brasil também estão tendo problemas para cumprir contratos de exportação. A Central do Café, uma das maiores compradoras de café do Brasil, anunciou que está suspendendo temporariamente as operações para avaliar sua situação financeira, levantando preocupações sobre possíveis interrupções no fornecimento nos próximos meses.
Além disso, o aumento dos custos de transação na bolsa ICE também é um fator que impulsiona o aumento dos preços do café. De acordo com a Reuters, a bolsa ICE acaba de aumentar o nível de margem para US$ 10.410/contrato de Arábica - quase o dobro em comparação ao ano passado. Isso coloca grande pressão sobre os investidores que mantêm posições vendidas, forçando-os a cortar perdas, empurrando assim os preços para cima.