Cooperativa cafeeira tem números fortes de vendas ante consolidação do conillon
Em meio a um cenário inédito, os últimos meses trouxeram não apenas números recordes, mas excelentes oportunidades para a consolidação do café conillon no mercado externo.
Muito embora a safra 2024 tenha registrado uma quebra em torno de 30%, causando peso na balança produtiva, o aumento expressivo dos preços e a conquista de novas fatias no mercado internacional trouxeram bons ares à cafeicultura do conillon.
Pelo quarto ano consecutivo, a Cooabriel avançou nas exportações. O último ano foi fechado com aumento de 48% nos volumes enviados ao exterior, ultrapassando 225 mil sacas, entre negociações diretas ou com clientes exportadores.
“Consideramos um resultado expressivo, especialmente pelo fato de que a cooperativa iniciou seu plano de internacionalização da marca apenas nos últimos anos”, avalia a gerente de exportação e sustentabilidade da Cooabriel, Renata Vaz.
O balanço positivo conta com 12 destinos em diferentes continentes, com destaque para a abertura de mercados inéditos na Europa, como a Estônia e Espanha. Outros novos destinos alcançados pela cooperativa foram Marrocos, Egito e Índia, países tradicionalmente conhecidos pelo grande consumo de chá.
“São mercados que apresentam particularidades em seus hábitos de consumo. O acesso a um público diversificado evidencia as transformações socioculturais que vêm ocorrendo entre consumidores. Esses mercados encontram-se em plena expansão e têm demonstrado uma crescente receptividade ao café brasileiro”, observa Renata Vaz, gerente de exportação e sustentabilidade da Cooabriel.
Essas mudanças estão entre os fatores que contribuem para que o café conilon experimente um momento de protagonismo e acesse novas oportunidades, conforme analisa o presidente da cooperativa, Luiz Carlos Bastianello.
“O Espírito Santo tem se destacado na exportação do conilon, especialmente para mercados como a Europa e Ásia, que vêm aumentando a demanda por essa variedade. A atenção dedicada à melhoria da qualidade e às práticas cada vez mais sustentáveis na produção estão na dianteira desse movimento de expansão de mercado”, avalia.
Outro ponto que tem impactado na conquista de novos espaços são as ações estratégicas de reconhecimento e aproximação com novos mercados. Em 2024, a cooperativa esteve representada em importantes agendas nacionais e internacionais, a exemplo do Seminário de Cooperação Econômica e Comercial China (Tianjin) – Brasil; da Sial China; da Specialty Coffee Expo, em Chicago, além de estar entre os representantes do Brasil durante encontro dos Secoms, Sectecss e Adidos Agrícolas da Asean, em Bancoc e Tóquio, a convite do Cecafé/Apex;
“A presença em agendas internacionais traz à cooperativa a oportunidade de conhecer as tendências de consumo e demandas regionais, além de estabelecer conexões comerciais em potencial. Isso permite ampliar e diversificar destinos de exportação e criar parcerias estratégicas que gerem oportunidades para novos negócios”, finaliza Bastianello.
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