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Mercado técnico desta semana foi "repeteco" de duas semanas atrás


Por José Roberto Marques da Costa

O volume de negócios em NY ultrapassando 30 mil lotes pelo quarto pregão consecutivo, chegando a 37.332 lotes, 13.046 lotes a menos do que quinta-feira quando teve volatilidade de 16,50 cents. Maio fechou em alta de 1,15 cents ( 0,30%) a 379,95 cents, variou  somente 7,25 cents, a menor volatilidde do mês, de 377,55 cents, acima da média móvel de 50 dias em 374,86 cents, a 384,80 cents, abaixo da médai movél de 20 dias em 388,90 cents, sem foraç para romper o primeiro suporte em 372,23 e a primeira resistência em 388,73 cents,acumulando na semana 12,60 cents e alta de 6,90 cents no mês de março.

O volume em Londres atingiu 14.131 lotes, 7.433 lotes a menos que quinta-feira, quando variou US$ 220. Maio fechou em queda de US$ 14 ( 0,26%) a US$ 5.337/t, menor nível desde 28/02, variando US$ 105, de US$ 5.304/t a 5.409/t, sem força para romper o primeiro suporte em US$ 5.249/t e a primeira resistência em US$ 5.469/t, na semana acumla perda de US$ 178 e alta de US$ 7 no mês 

O relatório da CFTC referente a 25 de março mostram que os grandes fundos aumentaram suas posições compradas em 2.252 lotes e diminuíram suas posições vendidas em 425 lotes, neste período a variação de março passou de 383,80 cents a 398,55 cents, alta de 14,75 cents. Os dados mostraram alta de 7,3% nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. As posições abertas tiveram alta de 2,4%, passando 219.221 lotes para 224.472 lotes.

Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 39.076 posições líquidas compradas, sendo 46.687 posições compradas e 7.611 posições vendidas. No relatório anterior, referente a 18 de março, eles tinham 36.418 posições líquidas compradas sendo 44.435 posições compradas e 8.036 posições vendidas.  As empresas comerciais aumentaram em 3,7% suas posições líquidas vendidas, registravam no dia 25, saldo de 78.767 posições líquidas vendidas, sendo 46.171 posições compradas e 124.935 vendidas. No relatório anterior do dia 18, possuíam 75.942 posições líquidas vendidas, sendo 44.486 posições compradas e 122.428 vendidas. 

O contrato de maio em NY teve  nesta sexta-feira a menor volatilidade do mês, somente 7,25 cents, ante a média  de 16,67 cents de quarta e quinta-feira, tendo variação de 29,80 cents, mínima quinta-feira de 375,60 cents e máxima na quarta-feira de 405,40 cents deixando os indicadores técnicos fortemente sobrevendido. Estes dois pregões  teve grande volume de negócios, média de 43.361 lotes, foram puramente técnico e sem nenhuma interferência de fundamento.

Podemos comparar a performance dos últimos trêz  pregões com o de 05 de março, quando maio conseguiu operar acima psicológico de 405 cents. No dia 05, maio fechou a 409,95 cents, no dia 6 teve forte realização de 22,80 cents e nos outros dias foi uma verdadeira montanha russa com compras e vendas, variando entre a média de 20 dias e 50 dias, com a meta de romper a média móvel de 50 dias, com volumes de negócios diários bem abaixo de 30 mil lotes, fazendo a mínima em 14 fechando a a mímina de 373,25 cents fechando de 377,20 cents, depois deste dia veio mais montanha russa variando 32,15 cents. 

Quando no pregão de quarta-feira começou operar acimade 400 cents, chegando a 405,40 cents, começou novamente repeteco de duas semanas atrás, acumulando perda de 19,75 cents em dois pregões, abaixo da média móvel de 20 dias que está em 388,90 cents e com foco novamente na busca a média móvel de 50 dias em 374,86 cents. Com os indicadores técnicos indicando vendas no pregão desta sexta-feira, tudo indicava que poderia buscar a média móvel de 50 dias, mas não teve força de buscar a mínima de quinta-feira com  resistências de fundos de investimento que defenderam suas posições compradas. Pregão operou dentro do intervalo da média móvel de 20 dias e de 50 dias. Na segunda-feira, deve tentar novamente buscar a média móvel de 50 dias, caso não conseguir deve começar a recuperar até buscar novamente níveis acima de 400 cents  Outro fundamento que deve influenciar a performance de NY na próxima semana e até dia 12 de abril são os vencimentos das opções  

Para Fernando Maximiliano, analista da StoneX, tudo o que o mercado tinha na mesa para trabalhar já foi precificado, como a safra menor no Brasil. Com os investidores cientes desse quadro, os preços ficam sem direção e questões técnicas pautam muito mais as negociações do que qualquer outro fator. Ele lembra que o retorno das chuvas este mês em áreas produtoras do Brasil favoreceu as quedas recentes na bolsa, mas esse é um cenário que não muda a perspectiva final da safra. As chuvas trouxeram algum alívio para os participantes do mercado, mas a safra já está definida. As chuvas em nada vão mudar o tamanho da produção.

Cooxupé prevê queda no volume de venda de café em 2025

A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) informou que espera para este ano vendas (para mercados interno e externo) em torno de 6 milhões de sacas de café arábica, ante 6,6 milhões de sacas no ano passado. Apesar da redução no volume, a receita deve ficar “um pouco maior” que os R$ 10,7 bilhões registrados em 2024, por conta dos preços mais favoráveis do café, informou a cooperativa. “No ano passado nós recebemos 6,1 milhões de sacas e embarcamos 6,6 milhões de sacas porque ainda havia estoque remanescente. Em 2025 estamos com os menores estoques da história da cooperativa. E esperamos uma safra este ano muito parecida com a de 2024”, afirmou o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo.

O executivo estima que a cooperativa receberá neste ano 6,1 milhões de sacas de café - mesmo volume do ano passado, sendo 5 milhões de sacas produzidas pelos cooperados (ante 4,9 milhões de sacas em 2024) e 1,1 milhão de sacas de terceiros (ante 1,2 milhão de sacas no ano anterior). Melo disse que a safra deste ano deve ter um desempenho semelhante ao do ano passado por conta do clima. Em fevereiro, as regiões onde a cooperativa atua - Sul de Minas Gerais, Média Mogiana e Cerrado Mineiro - passaram por um veranico muito forte e as temperaturas acima da média histórica devem interferir no rendimento das lavouras. “Não sabemos quantificar quanto o clima vai interferir na safra que começa a ser colhida daqui a um mês. A incerteza do número ainda persiste”, afirmou Melo.

O vice-presidente da Cooxupé, Osvaldo Bachião Filho, observou que as dificuldades logísticas enfrentadas no ano passado para embarcar o café permanecem inalteradas em 2025. O setor tem sofrido com atrasos e mudanças de escala dos navios porta-contêineres, com impacto direto nos embarques internacionais. “Outro ponto de atenção é o custo financeiro que o país está imputando”, afirmou o executivo, fazendo referência à alta dos juros.  Em relação às exportações, a Cooxupé estima para 2025 embarcar para o exterior 4,8 milhões de sacas a 4,9 milhões de sacas de café, ante 5,1 milhões de sacas em 2025. “A gente imaginou que os preços teriam impacto na demanda pelo café, mas até agora o consumo mundial ainda não deu sinal de queda. Então a demanda deve continuar aquecida”, afirmou Melo.

Em relação às vendas para os Estados Unidos, maior importador do café brasileiro, o executivo disse que não espera interrupção de embarques para os EUA, mesmo com a decisão do país de impor tarifa de 25% às importações do grão fora da região de livre-comércio.Em relação às vendas antecipadas de café, Melo disse, sem citar números, que elas estão no mesmo nível do ano passado ou um pouco acima. Ele ressaltou que os produtores fizeram bons negócios em operações de barter (troca de grãos por insumos), aproveitando os momentos de queda nos preços de fertilizantes e defensivos para travar as compras.

Cafeicultores do Vietnã continuam adiando suas vendas

 A oferta de grãos robusta diminuiu no Vietnã e na Indonésia, com os agricultores vietnamitas evitando vender o grão na esperança de lucro maior, e com a escassez de suprimentos na Indonésia no final da temporada de colheita, disseram traders na quinta-feira. Os agricultores do Planalto Central, a maior região produtora de café do Vietnã, venderam grãos a 133.700-135.000 dong (US$ 5,23-US$ 5,28), acima dos 131.000-133.000 dong da semana passada.

“O Vietnã continua sendo a única fonte de robusta no momento, então os agricultores que não estão com pouco dinheiro tendem a segurar os grãos para preços mais altos”, disse um trader baseado no cinturão do café, acrescentando que era extremamente difícil comprar agora. “É estação seca agora. Mas o recurso hídrico para irrigação ainda é suficiente neste momento”, acrescentou o trader.

De acordo com Nguyen Ngoc Quynh, vice-chefe da Mercantile Exchange do Vietnã, a produção de grãos robusta do Brasil potencialmente não atenderia às expectativas. “Falta cerca de uma semana até a colheita do café Robusta Conilon do Brasil, no entanto, a previsão do tempo não é tão favorável. Portanto, o preço doméstico do café permanecerá alto, em 135.000 dong por kg”, disse Quynh.

Os traders também ofereceram 5% de robusta preto e quebrado de grau 2 com um desconto de $ 200 para o contrato LIFFE de julho. Na Indonésia, os grãos de robusta de Sumatra para o contrato de abril foram oferecidos com desconto de $ 70- $ 80, em comparação com o desconto de $ 100- $ 110 na semana passada, disse um trader, devido à oferta restrita. Outro trader citou um desconto de US$ 80 no contrato de maio, menor que o desconto de US$ 100 da semana anterior.

 Calor generalizado deve continuar no sudeste e pode se intensificar no Planalto Central

O centro do Vietnã está se preparando para sua primeira onda de calor do ano, com temperaturas previstas para atingir 35-37 graus Celsius entre quinta e sexta-feira, de acordo com a agência meteorológica nacional. Vu Anh Tuan, vice-chefe do Departamento de Previsão do Tempo do Centro Nacional de Previsão Hidrometeorológica, confirmou na quarta-feira que o calor localizado já havia aparecido nas regiões montanhosas, da província de Nghe An até a cidade de Hue.

De quinta a sexta-feira, uma zona de calor de baixa pressão do oeste possivelmente se expandirá, causando calor generalizado nessas localidades centrais do Vietnã, onde as máximas diurnas podem exceder 37 graus Celsius, enquanto a umidade pode cair para 50–60 por cento. O centro meteorológico nacional observou que esta é a primeira onda de calor na região central em 2025.

A região sudeste também deverá sofrer ondas de calor com temperaturas chegando a 35-36 graus Celsius, enquanto ondas de calor localizadas são previstas para a parte noroeste do país. Mai Van Khiem, diretora do Centro Nacional de Previsão Hidrometeorológica, observou que 2025 pode estar entre os anos mais quentes já registrados no mundo, embora seja improvável que supere os recordes de 2024 do Vietnã. De agora até abril, o calor generalizado deve continuar no sudeste do Vietnã e pode se intensificar no Planalto Central, no Delta do Mekong e em partes da região central, acrescentou Khiem.

´Ótimo final de semana

Comentarios

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Data: 29/03/2025 09:04 Nome do Usuário: José carlos
Comentário: Leio esses análises,fico pensando,qd dizem q a safra será igual a 24,nunca q vai ser,raríssimo produtor,vão colher mais q a safra passada,mais de 90%,vai colher menos da metade da safra 24,
Contrato Cotação Variação
Maio 389,05 + 9,30
Julho 385,20 + 9,80
Setembro 380,35 +10,00
Contrato Cotação Variação
Maio 5.372 + 103
Julho 5.406 + 111
Setembro 5.374 + 111
Contrato Cotação Variação
Maio 495,20 +11,40
Julho 485,15 +12,95
Setembro 470,60 + 6,20
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,6830 - 0,39
Euro 6,1320 - 0,60
Ptax 5,7051 - 0,65
  • Varginha
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 2430,00
    Moka R$ 2670,00
    Safra 23/24 20% R$ 2770,00
    Peneira14/15/16 R$ 2890,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 2350,00
    Miúdo 14/15/16 R$ 2850,00
    Safra 23/24 15% R$ 2780,00
    Certificado 15% R$ 2820,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 2800,00
    Safra 23/24 15% R$ 2780,00
    Moka R$ 2650,00
    Duro/Riado 15% R$ 2500,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2780,00
    Safra 23/24 25% R$ 2760,00
    Peneira 17/18 R$ 3000,00
    Rio com 20% R$ 2340,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 23/24 20% R$ 2770,00
    Safra 23/24 30% R$ 2750,00
    Duro/Riado 20% R$ 2430,00
    Escolha kg/apro R$ 38,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2780,00
    Safra 23/24 25% R$ 2760,00
    600 defeitos R$ 2670,00
    Duro/riado 25% R$ 2500,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Agnocafé 23/24 R$ 2780,00
    Cepea Arábica R$ 2559,28
    Cepea Conilon R$ 1913,76
    Conilon/Vietnã R$ 1790,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 2000,00
    Conilon T. 7 R$ 1980,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1960,00