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Seis dicas para o controle preventivo do bicho mineiro nos cafezais


Por Angélica Cortez
O Bicho-mineiro (Leucoptera Coffeella) surgiu no Brasil em 1869 de forma alarmante no Rio de Janeiro e se espalhou para outras regiões. Atualmente, continua causando prejuízos nas lavouras e é considerada a praga mais disseminada pelos cafezais no mundo. O principal sintoma apresentado é a presença de folhas minadas, que caem a partir do terço superior do cafeeiro, com potencial para reduzir a produção em até 72%, dependendo da intensidade de infestação.

No sul de Minas, a infestação ocorre no período seco do ano, entre agosto a outubro. Já em regiões de clima quente ocorrem em dois picos, nos meses de abril/maio e agosto/outubro. Com o intuito de auxiliar os produtores no controle preventivo da praga, o Gerente de Marketing da FMC Agricultural Solutions, Flávio Irokawa, concede seis orientações para proteger os cafezais brasileiros.

1. Para identificar, o produtor deve saber que o bicho-mineiro é uma lagarta de pequenas mariposas que medem de 5 a 6 mm de ponta a ponta das asas, e não passam de 2 mm de comprimento total do corpo. A fêmea adulta deposita seus ovos na face superior das folhas do café, que é a única fonte de alimento das lagartas. Quando nascem, passam diretamente do ovo para o interior das folhas, de onde se alimentam do tecido existente entre as duas faces (epidermes) da folha.

2. É necessário monitorar as lavouras constantemente e verificar a presença de ovos nas folhas, lesões rasgadas por vespas e a presença de pequenas mariposas prateadas, que voam ao tocar nas folhagens. Com o resultado das inspeções, o produtor tem as indicações para decidir sobre a conveniência de se aplicar o inseticida. O inseticida só deve ser aplicado quando a porcentagem de folhas atacadas nos terços médios e superior dos cafeeiros for igual a 10% de folhas atacadas (folhas com larvas vivas) em épocas chuvosas e 5% em épocas secas. O percentual é personalizado para as diversas regiões de cultivo de café e isto se deve as novas práticas e densidades de plantio. Importante ressaltar que a incidência e importância pode variar em cada região e assim as estratégias de manejo para bicho-mineiro são diferentes.

3. Em viveiros de mudas e nos plantios novos, devido à pequena área foliar das plantas, a aplicação de inseticidas deve ser feita assim que aparecerem os primeiros adultos. Inseticidas sistêmicos usados para evitar o ataque da praga devem ser aplicados no final das chuvas, pois necessitam de umidade no solo, para que as plantas o absorvam.

4. As lavouras devem ser inspecionadas constantemente na época crítica de ataque da praga, principalmente as expostas a ventos constantes. Na maioria das vezes, o controle é necessário somente em alguns talhões do cafezal, e as inspeções devem continuar até que comecem as chuvas mais frequentes e haja início de novas brotações nas plantas. Importante adotar Manejo Integrado de Pragas (MIP) para a cultura do café.

5. É importante ressaltar que o cafeicultor deve consultar um engenheiro agrônomo que possa atendê-lo conforme sua real necessidade. A FMC disponibiliza um manejo completo para o controle de doenças e pragas para essa cultura, que contribuem para produtividade do setor. A equipe de campo da companhia realiza avaliações e orienta produtores para aumentar sua rentabilidade e a qualidade do café brasileiro.

6. O inseticida que a companhia disponibiliza para o controle da praga é o Altacor. A solução de alta tecnologia foi desenvolvida para proteger a lavoura de forma eficiente. Altacor é uma Diamida Antranílica do grupo químico 28 (MoA-IRAC). Age nos moduladores dos receptores de rianodina do inseto, apresentando alta potência inseticida e atividade duradoura, proporcionando uma proteção a cultura devido à rápida cessão da alimentação dos insetos-praga. Vale salientar que para melhores resultados outros modos de ação devem ser utilizados em rotação com Altacor e, para tanto, a FMC disponibiliza também o inseticida Nexide para um manejo completo e eficaz contra o bicho mineiro. Importante rotacionar diferentes modos de ação (MoA), seguir as recomendações das boas práticas agrícolas e aplicar os inseticidas somente de acordo com as recomendações da bula.

Fonte: Grupo Cultivar

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