Novo levantamento científico destaca café no que se refere à proteção arterial
Sabe aquele cafezinho que você adora tomar ao acordar, depois do almoço e no meio da tarde? Ele protege veias e artérias e ajuda a diminuir o risco de problemas no coração e acidente vascular cerebral (AVC). Isso é o que sugere um estudo da Universidade de Dusseldorf, na Alemanha, publicado na última quinta-feira, 21 de junho, no periódico PLOS Biology.
Os cientistas descobriram que a cafeína promove o movimento de uma proteína reguladora para as mitocôndrias, melhorando a capacidade funcional das células endoteliais, que revestem o interior dos vasos sanguíneos. Esse efeito protetor foi alcançado com uma dose de cafeína equivalente ao consumo de quatro xícaras de café por dia.
No estudo, realizado em ratos obesos, pré-diabéticos e idosos, os pesquisadores mostraram que a proteína p27, conhecida principalmente como um inibidor do ciclo celular, estava presente nas mitocôndrias e nos principais tipos de células do coração.
A pesquisa descobriu que a cafeína induziu o movimento de p27 na mitocôndria, desencadeando essa cadeia de eventos benéficos. O consumo da substância promoveu a migração dos endoteliais, protegeu as células do músculo cardíaco da morte celular e desencadeou a conversão de fibroblastos em células contendo fibras contráteis --todas cruciais para o reparo do músculo cardíaco
após o infarto do miocárdio.
"Nossos resultados indicam um novo modo de ação para a cafeína. Estes resultados devem levar a melhores estratégias para proteger o músculo cardíaco de danos, incluindo a consideração do consumo de cafeína como um fator dietético adicional na população idosa”, conclui Judith Haendeler, uma das responsáveis pela pesquisa.
O Food and Drug Adminstration (FDA), órgão do governo americano responsável pela regulamentação de alimentos e medicamentos, recomenda que pessoas saudáveis não consumam mais de 400 mg de cafeína por dia -- dose encontrada em quatro xícaras de café expresso. Vale lembrar que a cafeína também está presente em chás e no chocolate, e a ingestão excessiva da substância pode causar taquicardia, irritação, insônia e dores no estômago.